Reforma Tributária: Não entender pode custar o futuro do seu negócio:

Impacto da Reforma Tributária nas Empresas e na Sociedade


Grandes impactos

A Reforma Tributária em discussão no Brasil promete simplificar o sistema fiscal, reduzir a burocracia e promover justiça fiscal. Mas, para as empresas, os impactos são profundos e exigem preparação estratégica.

As implicações são vastas e complexas, afetando diretamente as empresas, a formação de preços, o custo de conformidade e o caixa das empresas, além de ter impactos significativos na cadeia produtiva e na sociedade como um todo.

Por outro lado, as empresas também precisarão estar atentas aos impactos no consumo e na competitividade, já que mudanças na carga tributária podem influenciar a demanda dos consumidores e a capacidade de competir em mercados internacionais
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Assim, a Reforma Tributária será um divisor de águas, não apenas para o ambiente corporativo, mas também para o desenvolvimento econômico do país.

Custo de Conformidade

O custo de conformidade refere-se aos gastos que as empresas têm para cumprir com as obrigações tributárias, incluindo:

Investimento em Tecnologia: Necessidade de sistemas de gestão mais avançados para lidar com a nova estrutura tributária.

Treinamento de Pessoal: Capacitação de funcionários para entender e aplicar as novas regras tributárias.

Consultoria e Assessoria: Maior dependência de serviços de consultoria tributária para garantir conformidade.


Formação de Preços

A reforma tributária pode afetar a formação de preços das seguintes maneiras:

Transparência Fiscal: A unificação de tributos pode tornar mais transparente o custo tributário embutido nos preços, permitindo uma precificação mais clara.

Redução de Cascateamento: A eliminação de tributos em cascata (incidência de tributo sobre tributo) pode reduzir o custo final dos produtos e serviços.

Ajustes de Margem: Empresas podem precisar ajustar suas margens de lucro para se adaptar à nova carga tributária.

Fluxo de Caixa: A mudança na forma de apuração e pagamento dos tributos pode afetar o fluxo de caixa das empresas, exigindo uma melhor gestão financeira.•

Créditos Tributários: A possibilidade de aproveitamento de créditos tributários de forma mais eficiente pode melhorar a liquidez das empresas.

Benefícios

Simplificação Tributária: A unificação de tributos pode reduzir a complexidade do sistema tributário, facilitando o cumprimento das obrigações fiscais.

Competitividade: A redução da carga tributária sobre a produção pode tornar os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.

Eficiência: A eliminação de tributos em cascata pode aumentar a eficiência da cadeia produtiva, reduzindo custos e preços finais.

Desafios

Adaptação: Empresas precisarão se adaptar às novas regras, o que pode exigir investimentos significativos em tecnologia e treinamento.

Transição: O período de transição para o novo sistema tributário pode gerar incertezas e custos adicionais.

Justiça Fiscal

Progressividade: A reforma busca tornar o sistema tributário mais progressivo, onde quem ganha mais paga mais, promovendo maior justiça fiscal.

Redução da Evasão: A simplificação do sistema pode reduzir a evasão fiscal, aumentando a arrecadação sem aumentar a carga tributária.

Consumo e Investimento

Poder de Compra: A redução da carga tributária sobre o consumo pode aumentar o poder de compra da população.

Incentivo ao Investimento: A simplificação tributária e a redução da carga sobre a produção podem incentivar novos investimentos, promovendo o crescimento econômico.

Cronograma de Implantação

De acordo com o Projeto de Lei Complementar 68/24, o cronograma de implantação dos novos tributos é o seguinte:

Validação do Cronograma

A implementação da reforma tributária está prevista para iniciar em 2026, com a introdução gradual das novas alíquotas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). A plena operação do novo sistema, com as alíquotas finais, está projetada para 2034.

Split/Flash Payment:
O conceito de Split/flash payment envolve a divisão e retenção automática de tributos no momento da operação comercial. Para garantir que a parcela retida pelo Comitê Gestor/Receita esteja correta, considerando o princípio da não cumulatividade plena do IVA, as empresas precisarão adotar as seguintes práticas:

Rastreabilidade da Cadeia Produtiva:
Utilização de sistemas avançados de gestão que permitam rastrear todas as etapas da cadeia produtiva até o fato gerador da operação comercial.

Integração de Sistemas: Sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) integrados com a Receita Federal e o Comitê Gestor para garantir a precisão dos dados e a correta apuração do valor agregado.

Auditorias e Validações: Realização de auditorias periódicas para validar a conformidade dos valores retidos, garantindo que a parcela retida corresponda ao valor agregado real.

Transparência e Acesso a Dados: Acesso em tempo real aos dados tributários e às informações sobre as retenções realizadas, permitindo que as empresas verifiquem a exatidão das retenções.

O cashback visa devolver parte dos tributos pagos pela população de baixa renda, promovendo justiça social. Para identificar beneficiários no momento da operação comercial, serão utilizados:

Cadastro Único: Base de dados do governo que identifica famílias de baixa renda.

Integração de Sistemas: Sistemas de pagamento integrados com bases de dados governamentais para aplicar o cashback automaticamente.
Rastreabilidade da Cadeia Produtiva:
Utilização de sistemas avançados de gestão que permitam rastrear todas as etapas da cadeia produtiva até o fato gerador da operação comercial.

Integração de Sistemas: Sistemas de ERP (Enterprise Resource Planning) integrados com a Receita Federal e o Comitê Gestor para garantir a precisão dos dados e a correta apuração do valor agregado.

Auditorias e Validações: Realização de auditorias periódicas para validar a conformidade dos valores retidos, garantindo que a parcela retida corresponda ao valor agregado real.

Transparência e Acesso a Dados: Acesso em tempo real aos dados tributários e às informações sobre as retenções realizadas, permitindo que as empresas verifiquem a exatidão das retenções.

6. Fontes:

  1. Projeto de Lei Complementar 68/24: Detalha as regras sobre incidência, base de cálculo e alíquotas dos novos tributos. 
    Fonte: Câmara dos Deputados.

2.Receita Federal do Brasil: Estudos sobre a viabilidade e os impactos da reforma tributária. 
Fonte: Receita Federal do Brasil.

3.Consultorias Tributárias: Análises de impacto da reforma tributária por empresas como Deloitte e PwC.

OFM Systems e FAN Faculdade de Administração e Negócios conveniada da FGV para Alagoas.
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